Só a Mim

E quando eu pensava que era difícil superar aquelas vezes em que me ofereceram comida nos transportes públicos, eis que uma família se senta ao meu lado e a respectiva mãe decide meter conversa comigo, dar-me beijinhos e abraços e meter mais conversa.

Sim, num Domingo de manhã, estando eu equipada para o ginásio, de phones e com o ar mais ausente do mundo, sentam-se 2 rapazes ao meu lado e de repente brota a senhora e me toca na perna e começa a dizer: “Eu vim para aqui porque estes dois são perigosos!”

E continua com: “Hoje é dia do abraço e do beijo!” E pimbas, agarra-se a mim e prega-me dois beijinhos. Como se não bastasse lá continua em amena cavaqueira e eu, que remédio tive que não ir alinhando na coisa.

A família saiu uma paragem de metro antes de mim e pude voltar ao meu modo anti-social.

Resumindo: não sei se hei-de ficar feliz por ver que ainda há gente bem-disposta que vem visitar a capital, ou simplesmente resignar-me e render-me à evidência que um dia destes serei raptada.

See U Soon (?!)

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P. S. Durante a semana passada, num autocarro, uma rapariga com um ar algo disfuncional também desatou a cantar na minha direcção quando passei por ela.

P. P. S. Eu devo atrair a loucura… Ou será a loucura que me atrai?