Estava eu, feliz, contente e distraída a passear pela Baixa quando começo a divagar em pensamentos: “Isto aqui até é giro. Não sei porque é que não venho cá mais vezes. Será que é daquelas coisas que só se começam a apreciar com a idade?! Oh Deus que estou a ficar velha!”
E foi no meio deste raciocínio brilhante que dou por mim a escorregar naquela bela calçada polida até ao infinito e a estatelar-me de rabo no chão! Eu bem que estiquei os braços para cima e para o lado numa tentativa vã de levantar voo ou talvez de nadar pelo ar acima mas não me valeu de muito. Restou-me apresentar as bordas à calçada da forma mais estilosa que conheço (cof cof cof)...
Ainda descobri que tenho 2 ossos escondidos algures do meio do rabo e que os mesmos não ficaram lá muito contentes ao conhecerem aquele chão de forma tão abrupta mas infelizmente o encontro não se proporcionou noutras circunstâncias.
Levantei-me, sacudi-me e tranquilizei os transeuntes que assistiram à cena com um amigável “Está tudo bem! Tudo ok! Não se preocupe! Obrigada!” qual pinguim do Madagáscar (“Just smile and wave boys! Smile and wave!”) ao que mentalmente acrescentei – “Nothing to see here… Now move on people!”
Escusado será dizer que bastou chegar ao metro para me desmanchar a rir de mim própria nomeadamente da minha tentativa de ascensão aos céus através de um batimento louco de braços – eu no meu melhor!
Mas a cereja no topo do bolo ainda estava para vir… Ligo eu para a cara-metade para lhe dar conta do sucedido quando ele, na maior compaixão e carinho pela minha pessoa, me diz: “Então… isso significa que não te posso apalpar o rabo hoje?!”
Amiguinho – hoje e talvez o resto da semana! A ver vamos a evolução da coisa!
Agora com licença que tenho que ir descansar as belezas!
x x x
P.S. Depois desta cena toda lembrei-me porque é que não vou tantas vezes à Baixa: tenho tendência para fazer figuras muito tristes enquanto escorrego por aquela calçada fora ou, na melhora das hipóteses, estatelo-me logo ao comprido sem dar muito espetáculo!
Tenho apenas a dizer... Prioridades, amor, prioridades!
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